Antecipação da leitura
Observe o menino da ilustração:
O que ele está fazendo nas figuras 1,4,5 e 7?
Das brincadeiras da imagem, qual você mais gosta?
Olhe a figura 11. Como está o ânimo do menino? Por que será que ele está assim? Ele parece animado?
Leitura do poema "Corrida", de José Paulo Paes
De tanto correr
Um menino acabou
Por perder o fôlego
E saiu a procurá-lo.
Depois de sacudir
A crina do cavalo
O fôlego descera
Correndo a ladeira
E subira no mastro
Pra agitar a bandeira
E depois se enfiara
Dentro de um pneu
Que de tão estufado
Estourara: pum!
Atirando o fôlego
Pra lugar nenhum.
De lugar nenhum
O fôlego caíra
Em algum lugar
Onde esbaforido
Finalmente o menino
o pode encontrar
E voltar para casa
Devagar
Devagar.
Compreensão
Você sabe o que significa “perder o fôlego”?
Por que o menino perdeu o fôlego?
Onde o menino procurou "o fôlego"?
Fazendo inferências
Quais as brincadeiras tiravam o fôlego dos seus pais quando eram pequenos? E seus avós?
Professor, pode ser feita uma exposição com brinquedos antigos, ou com brinquedos feitos com materiais reciclados;
pesquisa sobre brinquedos/ brincadeiras realizadas na época em que o escritor José Paulo Paes era criança.
Apresentação das obras do pintores Ivan Cruz e Cândido Portinari, cujo tema é a brincadeira de criança.
Links para acesso aos artistas Ivan Cruz e Cândido Portinari
Vamos brincar até perder o fôlego?
Palavra cantada
Texto 2- Poema “Desperdício” de José Paulo Paes
Antecipando a temática
1. Você já viu uma pulga? Sabe em quais animais ela fica?
2. Você sabe o que significa as palavras “Desperdício” “asfalto”?
3. Veja a palavra nos contextos:
· Não desperdice comida
· Não desperdice meu tempo
Desperdício
José Paulo Paes
De um único salto
A pulga foi parar
Do asfalto
No último andar
De um edifício
Mais alto que um morro.
Um desperdício esse show
De classe:
No alto do edifício
Por mais que procurasse
A pulga não achou
Nenhum cachorro.
Compreendendo o texto
Onde a pulga estava?
Depois que pulou, aonde ela foi parar?
Que animal ela não encontrou no alto do prédio?
Interpretação e Inferências
Há várias músicas e poesias que falam sobre pulga. Nelas, pulgas, carrapatos, percevejos sempre são vistos como brincadeira. Será que uma coceira resultado de uma picada destes parasitas é uma coisa boa para nossa saúde ou de nossos animais?
Vamos brincar com uma “pulga-brinquedo”?
Canção A pulga e o percevejo A Pulga e o Percevejo
Canção A Pulguinha Video de crianças em aula de música
https://youtu.be/UG8oD205FGU
Texto 3-Se você for inventor invente de José Paulo Paes
Antecipando a leitura
1. Você já imaginou viver sem celular? Joguinhos? Brinquedos? Ou mesmo chuveiro, televisão ou relógio?
2. Então essas coisas nem sempre existiram. Um dia, alguém inventou!
3. Qual objeto, criado pelo ser humano, você mais gosta?
4. Você já viu uma tartaruga? Um elefante? E um por-espinho, viu?
Texto: Se você for inventor invente
José Paulo Paes
Um creme
Que tire ruga
De pescoço
De tartaruga.
Um pente
Que penteie sozinho
Lombo
De porco-espinho.
E um lenço
Forte bastante
Para assoar tromba
De elefante.
Compreendendo o texto
1. O que o poeta queria que criassem para tirar rugas do pescoço da tartaruga?
2. A para o porco espinho e o elefante?
Interpretação e Inferências
· O poeta Manuel de Barros tem, em muitos de seus poemas, apresenta criações de objetos, que de acordo com seu olhar poético, facilitaria algumas situações do nosso cotidiano. Observe:
“Uma pequena manivela para pegar no sono. Um fazedor de amanhecer para usamentos de poetas” (Versos do poema O fazedor de amanhecer de Manuel de Barros)
-Desenhe uma destas invenções (Manivela para pegar no sono ou Fazedor de amanhecer)
· O que você queria que fosse inventado para facilitar sua vida? Crie um objeto, dê um nome e ilustre sua invenção.
Texto 4- Cadê?
Antecipando a temática
· Você costuma dormir de luz acesa ou apagada?
· Você tem medo de escuro?
O gênero conto acumulativo
Contos acumulativos são narrativas que trazem ações e/ou personagens que se repetem em sequência acumulativa, também conhecidos como contos de lengalenga, parlenda longa ou “contos de nunca acabar”, favorecem a memorização do texto e a antecipação dos fatos seguintes. O autor José Paulo Paes se inspirou neste tipo de conto para criar este texto.
Texto: Cadê?
José Paulo Paes
Nossa! Que escuro!
Cadê a luz?
Dedo apagou.
Cadê o dedo?
Entrou no nariz.
Cadê o nariz?
Dando um espirro.
Cadê o espirro?
Ficou no lenço.
Cadê o lenço?
Dentro do bolso.
Cadê o bolso?
Foi com a calça.
Cadê a calça?
No guarda-roupa.
Cadê o guarda-roupa?
Fechado à chave.
Cadê a chave?
Homem levou.
Cadê o homem?
Está dormindo
de luz apagada.
Nossa! Que escuro!
Compreensão do texto
O que causou espanto no início e no final do poema?
De quem era o dedo que apagou a luz?
O que o homem estava fazendo no final do poema?
Abaixo, você encontrará alguns versos do poema embaralhados. Organize seguindo a ordem dos acontecimentos apresentados no poema original respondendo às perguntas.
Interpretação e inferências
• Por que o escuro dá medo?
• O que podemos fazer para vencer o medo do escuro?
Brincando com Parlendas de conto acumulativo e outras
Texto 5- Esperteza
José Paulo Paes
Antecipação da leitura
Quais animais você já viu de perto?
Você tem algum animal em casa? Se tiver, quais são?
É possível ter qualquer animal em casa? Por quê?
Você sabe quais animais da lista abaixo são nativos do Brasil, ou seja, nascem naturalmente nas florestas brasileiras e quais são nativos da África?
Leão - Zebra - Onça Pintada- Tatu- Girafa- Elefante- Rinoceronte- Hiena- Jacaré- Gorila- Mico -
Arara azul- Capivara- Jacu- Tamanduá Bandeira- Boto cor-de-rosa- Peixe-boi.
Texto 5- Esperteza
José Paulo Paes
O camaleão
não é nenhuma mistura
de camelo com leão.
É um lagarto esperto
que muda de cor
quando o inimigo está perto.
Enganado, o inimigo
vai-se embora e o camaleão
se livra do perigo.
Por isso é que eu digo:
Não é bicho mais esperto
que camelo ou leão
o camaleão?
Compreensão do texto
A palavra “Camaleão” lembra quais animais?
O camaleão é uma mistura de dois animais?
O que é um camaleão?
O que acontece quando o camaleão se sente em perigo? Dessa forma, ele consegue se proteger?
Interpretação e inferências
Sabendo da forma que o camaleão se livra do inimigo, explique porque o título do poema é “Esperteza”.
Alguns animais, quando se sentem ameaçados, atacam. O camaleão, não agride o inimigo, muda de cor. E você, o que faz quando se sente ameaçado ou irritado?
Conhecendo os cores com o camaleão
Brincando com animais criando um conto acumulativo
Professor, coloque em uma caixa ou em um saco-surpresa, algumas imagens de animais e, depois, com os alunos sentados em círculo, o primeiro aluno retira uma gravura e começa a história: “Fui à floresta e encontrei um leão”(citando a gravura que retirou), a criança que estiver ao lado, retira outra figura e continua a história, acrescentando o nome do animal que retirou à fala do colega, ( Ex. Fui à floresta e encontrei um leão e um boi), e assim sucessivamente, até que todos os alunos participem e todos os animais da caixa sejam citados na história, construindo, dessa forma, um conto acumulativo.
Textos Até e Ida e volta, de José Paulo Paes
Professor, separamos os dois textos abaixo pelo seu valor linguístico lúdico. Nestes dois textos, podemos explorar além da rima, da brincadeira com as palavras, as palavras de campos semânticos opostos : fina/grossa (poesia Até) ida/volta (Poesia Ida e volta). Podemos criar quadrinhas a partir de outras oposições (claro/escuro- noite/dia- cedo/tarde- noite/dia, etc.)
No Ida e volta é possível trabalhar a corporeidade em atividades: dentro/fora- em cima/embaixo em cantigas infantis que marcam esses movimentos.
https://youtu.be/mJ-7a9KviKw ( Dança do dentro e fora)
https://youtu.be/Wm7Tbs34iEM ( Música sim, não, a partir desta música, outras palavras opostas podem ser trabalhadas)
Até
Havia uma moça em Amaralina
com uma perna grossa e a outra perna fina.
Até que fez ginástica
tão drástica que, nossa!
a grossa ficou fina e a fina ficou grossa.
Ida e volta
Para quem vai
o relógio faz
tic tac.
Mas para quem vem
(ouça, verifique)
o relógio faz
tac tic.
(Poemas do livro “Lé com Cré” de José Paulo Paes Editora Abril Educação,2009)
Comments